Em meados de 2010, Sr. José Bezerra, cunhado do Sr. Sergio,tomaram uma decisão que mudaria o curso de suas vidas. Ele decidiu que estava disposto a apoiar Sergio, em suas ambições empreendedoras. Durante uma conversa telefônica, Sr. Sergio foi questionado sobre em qual setor ele gostaria de investir, e ele, que sempre fora um caminhoneiro e entregador de areia para depósitos de materiais de construção, expressou seu desejo de abrir um depósito de materiais de construção, com foco em areia.

Foi assim que Sr. José Bezerra se comprometeu a contribuir financeiramente para o empreendimento, enquanto Sr. Sergio assumiria a responsabilidade de gerir o negócio.

O ponto de partida para essa jornada foi a busca por um terreno adequado e a aquisição dos maquinários essenciais para a operação. No entanto, uma reviravolta surpreendente ocorreu quando Sr. Sergio, durante sua pesquisa de mercado, teve um encontro com trabalhadores que estavam instalando pavers em uma rua. Ele descobriu que os pavers seriam uma exigência da prefeitura para calçadas e que a administração municipal estava elaborando um projeto que tornaria as calçadas acessíveis para pessoas com deficiências, em especial para aquelas com deficiências visuais e de locomoção.

Imediatamente, Sr. Sergio ligou para José Bezerra e compartilhou sua descoberta. José, um sócio investidor com visão de negócios, abraçou a ideia e ofereceu todo o suporte necessário, mesmo estando nos Estados Unidos naquele momento.

Assim, começou a busca por um terreno adequado e uma máquina de paver. Em 2011, encontramos um terreno nas margens da BR-277, em uma região onde havia poucas empresas na época, quase escondido pela vegetação. Surpreendentemente, o dono do terreno era o Dr. Tadashi. Iniciamos as negociações, adquirimos o terreno e a máquina de paver, mas enfrentamos diversos obstáculos burocráticos com a prefeitura, o que nos levou até 2014 para finalmente colocar a máquina em operação.

No período de 2011 a 2014, enfrentamos ainda mais desafios. Nosso vizinho do terreno abaixo do nosso nos processou, alegando invasão de terra, mesmo quando só havia vegetação no terreno dele. Tivemos que pagar uma indenização de 30 mil reais devido a ação, em parte devido a problemas com nosso advogado. Além disso, tivemos que ceder parte do terreno para o vizinho de cima, que reivindicou a propriedade da área. Também fomos informados de que precisaríamos recuar a construção do escritório, pois foi alegado que era uma faixa de domínio da rodovia. A prefeitura demorou um ano para conceder o alvará de construção e a autorização para abertura da empresa. Por fim, quando tudo estava pronto, enfrentamos mais atrasos enquanto aguardávamos a aprovação final do projeto pela prefeitura, o que nos custou mais seis meses de espera.

Todas essas dificuldades não nos desanimaram. Pelo contrário, fortaleceram nossa determinação e espírito empreendedor. Hoje, olhamos para trás com orgulho, reconhecendo o árduo caminho que percorremos para criar nosso negócio e o esforço incansável que investimos para torná-lo uma realidade. O depósito de materiais para construção que começou como um sonho tornou-se uma história de superação e determinação. Estamos gratos por cada desafio que enfrentamos, pois nos moldou e nos trouxe até aqui.